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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Daqui a Vinte e Cinco Anos


Perguntaram-me uma vez se eu saberia calcular o Brasil daqui a vinte e cinco anos. Nem daqui a vinte e cinco minutos, quanto mais vinte e cinco anos. Mas a impressão-desejo é a de que num futuro não muito remoto talvez compreendamos que os movimentos caóticos atuais já eram os primeiros passos afinando-se e orquestrando-se para uma situação económica mais digna de um homem, de uma mulher, de uma criança. E isso porque o povo já tem dado mostras de ter maior maturidade política do que a grande maioria dos políticos, e é quem um dia terminará liderando os líderes. Daqui a vinte e cinco anos o povo terá falado muito mais. 

Mas se não sei prever, posso pelo menos desejar. Posso intensamente desejar que o problema mais urgente se resolva: o da fome. Muitíssimo mais depressa, porém, do que em vinte e cinco anos, porque não há mais tempo de esperar: milhares de homens, mulheres e crianças são verdadeiros moribundos ambulantes que tecnicamente deviam estar internados em hospitais para subnutridos. Tal é a miséria, que se justificaria ser decretado estado de prontidão, como diante de calamidade pública. Só que é pior: a fome é a nossa endemia, já está fazendo parte orgânica do corpo e da alma. E, na maioria das vezes, quando se descrevem as características físicas, morais e mentais de um brasileiro, não se nota que na verdade se estão descrevendo os sintomas físicos, morais e mentais da fome. Os líderes que tiverem como meta a solução económica do problema da comida serão tão abençoados por nós como, em comparação, o mundo abençoará os que descobrirem a cura do câncer. 

Clarice Lispector, in Crónicas no 'Jornal do Brasil (1967)'




Fotografia de Victor R. Caivano - Associated Press

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Nena Linda Garcia,o horror tem nome bonito

Como existem pessoas tão sem noção? Nena Linda Garcia, uma jovem da Guatemala, exibe alegremente no facebook uma foto sua enforcando um gato. A foto deu origem a uma discussão, onde não se entende se o gato foi ferido de morte, ou a brincadeira sádica resultou "somente" em ferimento e trauma.


Ajude a denunciar a agressora ao Facebook, conforme indicado na imagem, aqui:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=389768001143121

terça-feira, 11 de junho de 2013

José Jimenez, o cruel jogador de futebol do Bella Vista

O jogador do clube argentino Bella Vista, José Jimenez, causou indignação este fim-de-semana durante um jogo pela forma como tratou um cão que invadiu o relvado. O cão entrou desorientado no relvado e vendo Jimenez aproximou-se dele. 


Para se livrar do animal, o jogador resolveu pegar nele e atira-lo pelo ar para a bancada. Em vez de cair na bancada, cão bateu com violência contra a rede metálica. De imediato, os jogadores adversários e o público, furiosos, voltaram-se contra Jimenez. O árbitro expulsou de imediato o jogador, mas as imagens correram mundo através das redes sociais e pede-se um castigo mais pesado. O cãozinho sobreviveu..

O clube acabou por expulsar o jogador.


Amor sem limites

"Dei comigo enternecido e perplexo com a atitude de um vizinho meu perante o seu cão agora paralisado mas companheiro de momentos difíceis, e que documento com a imagens que não resisti a lhe tirar e partilhar... apeteceu-me..., para podermos reflectir um pouco... fico a pensar na vida, no mundo, vem-me ao pensamento a História e o comportamento humano tão ambíguo ao longo dos tempos, os sentimentos, a solidariedade,de amor, a amizade, a violência , o ódio, a guerra, os massacres colectivos... os Ruandas, as Sírias... as Sérvias... enquanto serenamente jantamos com a família na hora do telejornal enfim, fico perplexo e penso ... se existem seres humanos como este, então posso ter esperança... e sorri sozinho como um pateta desorientado..."














Este texto e fotos são de Manuel Alexandre Fernandes.

O original pode ser visto aqui:

https://www.facebook.com/msilvafernandes

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Byron,o labrador

Kate Cross sofre de uma rara doença chamada Síndrome de Ehlers-Danlos.

Isso faz com que as suas juntas fiquem tão fracas que até mesmo o acto de abrir uma porta pode deslocar seu ombro, cotovelo ou punho.

Realizar qualquer tarefa do dia a dia seria impossível para ela.





Até que ela conheceu Byron, um labrador.

Ela não saia de casa sozinha por anos até receber a ajuda de Byron em 2007. Agora seu companheiro fiel.

Ele ajuda a atravessar a rua.



Coloca as roupas na máquina de lavar.




Faz a cama e ajuda a apanhar algumas coisas no frigorifico.

  


 Sabe ir ao multibanco, ela só precisa digitar a senha.




 Ajuda nas compras.
  


  E até paga.
                                                                

                                  
          



 Ajuda a lavar seu pratinho de comida.




E depois ainda ajuda a dona a esticar as pernas no sofá.




Kate Cross agora chama Byron de seu melhor amigo.






Esta reportagem saiu no jornal inglês "Daily Mail"